Alimentação Infantil




Criança é tudo de bom! Por isso nada mais justo do que uma página criada especialmente para nossos anjinhos! Aqui você encontrará informações, curiosidades e dicas valiosas para cuidar melhor da saúde das crianças!


1. DICAS PARA FAZER A CRIANÇA COMER VERDURAS E FRUTAS

1. Não force a criança a comer o que ela não gosta: Se você brigar com a criança ou forçá-la a comer algo com violência, a criança vai ficar com mais raiva ainda da comida. Além disso, esse tipo de discussão ou briga acaba tirando o apetite e estragando a hora da refeição de todos os que estiverem na mesa.
2. Dê o exemplo: Esse é o segundo conselho mais importante. Não adianta você querer que seu filho coma saladas se você não come.  Dizer "faça o que eu digo, não faça o que eu faço" é coisa de pais hípócritas: a criança acaba ficando com raiva e se decepcionando com os pais se suas atitudes se contradizem com seus conselhos.
3. Dê conhecimento: A gente não gosta daquilo que não conhece. Mostre as verduras, diga-lhes os nomes, diga que vitaminas cada verdura ou fruta tem e para que serve. Diga o que acontece se faltar alguma vitamina ou mineral no corpo.  Mostre livros que falem sobre o funcionamento do corpo humano (as crianças adoram ver como é que as coisas funcionam), ou sobre nutrição. Dê preferência a livros que tragam bastante ilustrações e que coloque o assunto de maneira clara, mas não infantilizada demais (as crianças não gostam de ser tratadas como se fossem retardadas).
4. Veja o que você põe na salada: Evite colocar o mesmo tempero em todas as saladas. Algumas famílias têm o hábito de colocar vinagre em todas as verduras: se a criança não gostar do vinagre, não vai gostar de nenhuma verdura, pois todas terão o mesmo gosto. Isso vale pra qualquer tempero, principalmente os com sabor mais forte.
5. Experimente molhos e temperos diferentes: Existem vários molhos diferentes para saladas.
Tente de tudo: molho de iogurte, maionese, molho branco, vinagre de álcool, vinagre de vinho, vinagre de maçã, azeite de oliva, sal, cominho, ervas finas, alecrim, orégano, orégano com queijo (para dar aquele cheirinho de pizza), queijo derretido, molho de queijo, creme de leite, etc.
6. A salada não é prato secundário: Experimente colocar a salada como prato principal de algumas refeições.
7. Faça pratos diferentes: A maioria das crianças não gosta de cenoura cozida no vapor, nem de cenoura crua ralada. Mas boa parte delas gosta de bolo de cenoura, suflê de cenoura, suco de cenoura e de outros pratos em que a cenoura é o ingrediente principal. S você prepara pratos gostosos com a cenoura e diz que é feito com cenoura, é possível que a aversão que a criança tem à cenoura diminua e talvez até desapareça. De qualquer forma, se ela comer pratos que contenham cenoura, já é muito bom. Isso vale para qualquer verdura ou fruta. Experimente servir apenas vegetais em uma determinada refeição. Por exemplo: faça uma lasanha de brócolis, uma saladinha de tomate temperada com sal e azeite de oliva, e sirva também folhas de alface. Se desejar, cozinhe umas batatas e cenouras para dar mais volume à refeição (caso você sirva no almoço). Essa é uma refeição saborosa e nutritiva.
8. Coloque no arroz: Aproveite o arroz para enriquecer a dieta de seu filho.
- coloque cebola ou alho picadinho no arroz. As crianças nem vão notar!
- corte cenoura em cubinhos e coloque no arroz. Chame de arroz fantasiaa. Fica bonito e as crianças, em geral, não reclamam.
- se você cozinhou verduras, não jogue a água fora: use-a para cozinhar o arroz. Assim os nutrientes que saíram das verduras cozidas não vão pro ralo: vão pro arroz.
9. Preparos diferentes: Existem muitos pratos saborosos que contêm verduras cruas ou cozidas. Experimente fazer alguns destes pratos de vez em quando. Aqui vão algumas sugestões de pratos gostosos com verduras e legumes: suflês, lasanhas, yakisoba, cremes, tortas salgadas, tortas de legumes, bolos, etc.
10. Faça pratos lúdicos: A hora da refeição não pode ser algo desagradável, tem que ser um momento divertido e prazeroso. Faça pratos coloridos, com desenhos ou formas diferentes. Às vezes um simples detalhe, como uma fatia de limão enfeitando o copo de suco ou da salada de frutas já faz a criança despertar o interesse pela comida. Algumas sugestões: canudinhos recheados, saladas coloridas, rolinhos primavera, saladas de frutas com enfeites na borda do copo, carambola fatiada (fica parecendo uma estrela), etc.
11. Deixe a criança participar: Se você tiver casa, faça uma pequena horta. As crianças gostam desse tipo de coisa e às vezes elas falam com orgulho: "esse alface é da minha horta!". Levar a criança pra feira e perguntar o que ela quer pode ser bem interessante. Ela vai responder que quer algo. Dificilmente elas têm a idéia de dizer que não querem nada: elas sempre querem alguma coisa. Depois pergunte como ela vai querer que o que ela escolheu seja preparado. Se ela não quiser participar, não insista.
12. Acrescente legumes cortados bem fino no omelete ou no recheio de panquecas. Eles também podem entrar em croquetes, almôndegas e hambúrgueres feitos em casa.
13. Incremente a massa da panqueca com espinafre (bata no liquidificador 4 ovos, 500 ml de leite, 1 colher (sopa) de manteiga derretida e 1/3 de maço de espinafre cozido, espremido e picado. Junte 200 g de farinha de trigo, bata até ficar homogêneo e frite em frigideira antiaderente).
14. Não cozinhe demais os legumes. Quando estão crocantes, além de serem mais interessantes visualmente, porque mantêm a forma e as cores ficam mais vivas, eles são também muito mais saborosos.
15. Faça desenhos em cima do purê de batata. Nada complicado: pode ser um círculo ou uma espiral com ervilhas frescas ou congeladas. Não use as enlatadas --a questão não é apenas nutricional, é estética, porque as ervilhas de lata são moles demais e sua cor não é tão bonita.
16. Outra idéia é espetar flores de brócolis japonês cozidas al dente sobre o purê. Fica mais gostoso quando é a própria criança quem faz a decoração de seu prato.
17. Cremes ou pastas de vegetais servidos sobre torradas, frutas e legumes no espetinho também são maneiras simples de valorizar o visual da comida.
18. Espante o tédio da mesa variando o preparo de cada alimento: um dia sirva cru, outro em forma de bolinhos, ou refogado, cortado em rodelas, ralado etc.
19. Comer é um processo instintivo. O organismo regula a quantidade de energia que precisa por dia; se a criança não comer nada no almoço, por exemplo, ela acabará compensando nas outras refeições. Portanto, respire fundo e e espere até seu filho ter fome.
20.  Nenhum alimento é insubstituível. Seu filho não come cenoura? Ofereça abóbora, mamão ou outros vegetais amarelos e alaranjados, e as fontes de vitamina A estão garantidas. E ele nem precisa comer desses alimentos todo dia, porque o organismo estoca a vitamina A.
21.  A mesma idéia vale para qualquer grupo de nutrientes ou micronutrientes (vitaminas e sais minerais). O ideal é equilibrar todos os grupos em uma refeição, mas não se preocupe se seu filho passar mais de um dia sem comer algum tipo de nutriente. Espere por até uma semana e é provável que ele busque naturalmente alimentos que reponham sua necessidade.
22. A partir dos 4 ou 5 anos, é normal a criança não querer tomar leite. Geneticamente, algumas populações (como as de origem mediterrânea e africana) têm mais dificuldade de digerir o leite (por causa da lactose), mas isso não ocorre com iogurte, queijos etc. E estes últimos podem fornecer todo a cálcio e a vitamina D que a criança precisa.
23. Comida não é remédio. Qualquer pessoa pode passar a vida inteira sem tocar um bife de fígado. As necessidades normais de ferro são supridas se a criança comer proteína animal e frutas regularmente -as frutas fornecem vitaminas que ajudam na absorção de ferro.
24. "Raspar" o prato não é uma coisa linda, obrigatória, nem necessariamente desejável. Não obrigue seu filho a isso.
25.  Não faça ameaças de nenhum tipo, como dizer para seu filho que, se ele não comer, ficará doente e terá de ir ao médico. Aliás, quando a criança está doente mesmo, não a obrigue a comer. Mantenha a tranqüilidade e espere até ela sentir fome (isso é um sinal de que ela está se recuperando).
26.  Premiar quem come tudo também não é uma boa prática. É comum os adultos sugerirem que a criança deve comer os legumes, por exemplo, para poder ter a sobremesa. Nenhuma parte da refeição é um prêmio, cada uma tem a sua função, porção e lugar.
27. O lanche também tem sua função, mas na dose, hora e lugar certo. Não compense no lanche o pouco que seu filho comeu no almoço. O máximo que vai acontecer é ele ficar com mais fome até a hora do jantar e, na melhor hipótese, comerá bem.
28. Crianças de 5 ou 6 anos estão na fase de estímulos primários. Elas são atraídas por cores, formas, novidades. Nessa fase, os pais podem proporcionar novas experiências gastronômicas para seus filhos, apresentando os diferentes sabores dos alimentos.
29. Na boca, somos capazes de sentir apenas quatro gostos: doce (na ponta da língua), salgado e ácido (nas laterais) e amargo (no fundo da boca). A criança que já mastiga pode e deve entrar em contato com todos esses tipos de gosto; dessa forma, poderá reconhecê-los e formar um repertório de sabores (que é a mistura das sensações gustativas com as olfativas). Quanto mais amplo for esse repertório, maior a chance de seu filho comer (quase) tudo.
30. A tolerância para o gosto amargo é determinada geneticamente. Por isso, não tenha medo de oferecer à criança alimentos com um certo amargor, como rúcula, por exemplo. Se ela tiver predisposição, maravilha; se não, também está ótimo, não insista. O importante é ela conhecer o sabor, para descobrir se gosta ou não daquilo.
31.  O ambiente da refeição deve ser tranqüilo, sem TV, música e muito menos gritaria. Deixe as conversas sérias e broncas para depois. Todas as refeições (lanches inclusive) devem ser feitas à mesa.
32.  Sempre que possível, faça pelo menos uma das refeições principais com seus filhos. Se o horário de trabalho for muito complicado, tente estabelecer um dia da semana para isso, como rotina.
33. Comida de crianças a partir de dois anos é a mesma dos adultos --elas seguem os hábitos alimentares da casa. Isso significa que, se os pais não comem frutas ou verduras, os filhos seguirão o exemplo e forçá-los a comer salada pode ser um trabalho inútil. Nesses casos, é preciso rever os hábitos de toda a família.
34. Leve as crianças para a cozinha. Quando elas mesmas preparam os alimentos, certamente vão querer provar o que fizeram. É uma experiência lúdica, prazerosa, como deve ser a relação com a comida.
35. Ir à feira com as crianças é um jeito divertido de apresentá-las ao mundo das frutas e verduras. E os feirantes têm técnicas infalíveis para fazer o filho do freguês provar as frutas que querem vender.
36.  Fazer o supermercado com a família toda é um pouco mais complicado, mas vale a pena. É uma boa ocasião para fazer acordos --para levar sorvete, é preciso levar cenoura.
37.  - Sirva porções pequenas --até para dar oportunidade de a criança pedir mais, se quiser, porque gostou ou porque ainda está com fome.
38. Se o seu filho diz que não gosta de um alimento que não conhece, proponha que ele prove um pedaço (tem de ser pequeno mesmo) e, se não gostar, não precisa comer. Dê um tempo e ofereça pelo menos por mais cinco vezes, em ocasiões e formas de preparo diferentes.
39. Ofereça as comidas que as crianças gostam preparadas de forma mais saudável. Por exemplo, troque a batata frita por batata cortada em cubinhos, regada com um pouco de azeite e sal e assada no forno por cerca de 40 minutos.
40. No lugar do doce com açúcar refinado, ofereça banana-passa --o açúcar da fruta pode saciar a vontade irresistível de comer um doce.
41. Em vez de macarrão na manteiga, experimente servir a massa regada com azeite (ou, pelo menos, metade manteiga, metade azeite).
42. Use pão integral em forma de bisnaguinha (à venda em supermercados e algumas padarias) para fazer o lanche da escola. No recheio, coloque o tipo de queijo ou frio preferido pela criança e alface picada temperada com azeite. 

Fonte: Jornal Folha de São Paulo – Equilíbrio & Saúde: “Veja as 40 dicas para melhorar os hábitos alimentares infantis”. São Paulo, 07 de Setembro de 2006. 




Como Montar Uma Lancheira Saudável?
Do site: RG NUTRI

A alimentação é um dos fatores mais importantes para a saúde de crianças e adolescentes. Nos primeiros anos de vida, uma dieta qualitativa e quantitativamente adequada é essencial para o crescimento e desenvolvimento e proporciona ao organismo a energia e os nutrientes necessários para a manutenção de um bom estado de saúde.
No período escolar a criança apresenta um gasto energético significativo e necessita de energia para desenvolver de forma positiva as atividades exigidas na escola, como a concentração, a memorização, o aprendizado e as atividades físicas cotidianas.
Para a escolha dos alimentos da lancheira é importante que se respeite os hábitos e preferências das crianças, sem esquecer de considerar os aspectos nutricionais e a qualidade do alimento que será consumido.
Primeiramente, é importante que o alimento esteja seguro para o consumo na hora do recreio, sem que haja risco de deterioração do mesmo. Para isso, as lancheiras térmicas são as mais adequadas. Ainda, deve-se evitar alimentos que estragam com facilidade, como os frios gordurosos, a manteiga, a margarina e a maionese.
Um lanche da escola ideal deve apresentar alimentos dos 3 grupos alimentares em sua composição:
- carboidratos: estão presentes nos alimentos que fornecem energia. Boas opções são os pães, bisnaguinhas, biscoitos sem recheio e bolo simples sem recheio e cobertura;
- proteínas: fundamentais para o crescimento da criança. Podem ser encontrados no leite e derivados (também fontes de cálcio) e carnes e embutidos (peito de peru, presunto magro);
- vitaminas e minerais: essenciais para o desenvolvimento de todas as funções do corpo e para a manutenção do sistema de defesa do organismo. Suas fontes são: frutas, verduras e legumes.
Para distribuir de forma harmoniosa todos estes alimentos no lanche da escola, podemos montar a lancheira da criança da seguinte forma:


Dicas:
- Evitar os alimentos ricos em gordura e doces com frequência. Biscoitos recheados, salgados fritos, salgadinhos e massas folhadas devem ser consumidos eventualmente;
- Chocolates, balas, pirulitos e outras guloseimas devem ser evitados e oferecidos eventualmente;
- Se optar pelos alimentos industrializados, leia sempre o rótulo dos alimentos e prefira os produtos que são livres de gordura trans e sem corantes e conservantes.

Referências bibliográficas:
PASSAMAI DE ZEITUNE, M.I.; Noemi, R.A.; Couceiro de Cadena, M. E. Um nutriente essencial na adolescência: valorização nutricional do zinco.Adolesc. Latinoam, v.2, n.2, p.61-66, mar. 2001.
ÂMAN, P.; Graham, H. Analysis of total and insoluble mixed-linked (1 3), (1 4)-ß-d-glucans in barley and oats. J. Agric. Fd Chem, n.35, p.704-709, 1987

Texto extraído do site: RG NUTRI: http://www.rgnutri.com.br/sqv/criancas/cmul.php

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