quarta-feira, 20 de julho de 2011

HIPOTIREOIDISMO X HIPERTIREOIDISMO: COMO A NUTRIÇÃO PODE AJUDAR?

O hipotireoidismo é um conjunto de sinais e sintomas decorrentes de um distúrbio dos hormônios da tireóide em que ocorre a desaceleração do metabolismo. A tireóide é uma glândula localizada no pescoço, logo abaixo do pomo-de-adão e mede cerca de 5 cm de diâmetro. Ela produz dois hormônios: a T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Esses hormônios são responsáveis por controlar o metabolismo, que é a velocidade com a qual o organismo gasta energia. Assim à medida que a concentração dos hormônios tireoideanos é reduzida no sangue o organismo funciona mais lentamente. O diagnóstico é feito pela dosagem desses hormônios, mas também deve ser analisado o perfil lipídico, tendo em vista que a dislipidemia está associada ao hipotireoidismo.
No hipotireidismo o organismo funciona de maneira mais lenta e uma consequência natural é o ganho de peso, um dos sintomas mais freqüentes e mais abordados. Porém os pacientes costumam apresentar outros sintomas, como: intolerância ao frio, sonolência, constipação, diminuição do apetite, fraqueza muscular, raciocínio lento, depressão, cabelos secos, quebradiços e de crescimento lento (o mesmo ocorre com as unhas), queda de pálpebras e queda de cabelo.
Dentre as causas do hipotireoidismo está a falta de iodo (elemento usado pela glândula tireóide na fabricação dos hormônios), presente no sal de cozinha. Também pode ocorrer devido a anomalias genéticas na glândula ou devido à baixa produção do TSH, um hormônio produzido por outra glândula (o hipotálamo, localizado na cabeça) e que é responsável por estimular a produção dos hormônios tireóideos. Quando a doença tem causa auto-imune (tireoidite de Hashimoto) pode ocorrer vitiligo e associação com outras doenças auto-imunes, como: diabetes mellitus, insuficiência adrenal, candidíase, hepatite auto-imune, etc.
O tratamento nutricional tem por objetivo promover a perda de peso e mantê-lo, com a prática de exercícios físicas e uma dieta com poucas gorduras; controlar a dislipidemia, evitando o aumento do LDL (“colesterol ruim”) e regular o funcionamento intestinal. Recomenda-se ainda, consumir com moderação verduras crucíferas (tais como nabo, repolho, espinafre, couve, pêra e pêssego), pois estes parecem suprimir ainda mais o funcionamento da glândula.
Em contrapartida, o hipertireoidismo caracteriza-se pelo aumento na concentração dos hormônios tireoideanos no sangue, fazendo com que o organismo trabalha de forma mais acelerada, conseqüentemente levando à perda de peso. Além da perda de peso, os sintomas mais comuns são: fome excessiva, aumento do ritmo intestinal (podendo ocasionar diarréia), nervosismo, insônia, intolerância ao calor, fraqueza muscular, unhas quebradiças, cabelo seco e quebradiço, palpitações e cansaço. O diagnóstico também é feito pela dosagem dos hormônios T3 e T4.
A principal causa do hipertireoidismo é o bócio, que pode ser: difuso tóxico (doença auto-imune na qual o organismo produz anticorpos que estimulam a produção e a liberação de hormônios pela tireóide, podendo estar associado a outras doenças auto-imunes), multinodular tóxico (ocorre proliferação de diversos folículos da glândula, formando diversos nódulos, algumas vezes volumosos e visíveis) ou adenoma tóxico (nódulos únicos, em geral com mais de 3 cm de diâmetro, que produzem em excesso os hormônios da tireóide).
O tratamento nutricional envolve a promoção do ganho e manutenção do peso e controlar os sintomas. Assim, recomenda-se: aumentar o consumo de alimentos na dieta, para evitar maior perda de peso; aumentar a ingestão de alimentos como brócolis, couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor, couve, folhas de mostarda, pêssego, pêra, soja, espinafre, nabo, pois estes ajudam a suprimir a produção de hormônios da tireóide; diminuir o consumo de fibras para evitar a diarréia e aumentar o consumo de água para repor as perdas sofridas devido a este sintoma; evitar o consumo de alimentos estimulantes (chás, cafés, nicotina e refrigerantes), pois estes podem aumentar os sintomas desta doença, tais como palpitações e tremores.
Como foi visto tanto o hipotireoidismo, quanto o hipertireoidismo são doenças que merecem atenção. Por isso não deixe jamais de consultar um médico para realizar um diagnóstico adequado e um nutricionista que irá fazer adaptações na sua dieta, para que você possa controlar os sintomas apresentados e tenha uma melhor qualidade de vida!

Fonte: Hipertireoidismo. Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?247
Hipotireoidismo. Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?248
Tiróide x Peso. Disponível em: www.rgnutri.com.br
Hipertireoidismo e Tireotoxicose. Disponível em: http://medicina.fm.usp.br/endoresidentes/roteiro/hipertireoidismo_tireotoxicose_roteiro.pdf

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