sexta-feira, 29 de abril de 2011

PROPRIEDADES DO CAFÉ

 O café é uma das matérias-primas com maior importância no co­mércio internacional. É uma das bebidas mais apreciadas em todo mundo, não só pelo seu sabor e aroma, mas também pelo seu efeito estimulante. Por ser uma bebida bastante consumida no mundo todo, diversos estudos têm sido realizados para identificar os potenciais benefícios ou efeitos deletérios do seu consumo.
O café é uma planta originária da Etiópia, na África, mas sua difusão começou na Arábia onde era muito consumido. Em 1554, o café já era conhecido na Europa, e começou a ser cultivado pelos Europeus na suas colônias, no Ceilão, Java e Sumatra.  Estima-se que o grão de café torrado possua mais de 2000 compostos químicos alguns destes com atividades biológicas conhecidas, sendo estas adversas ou benéficas. Portanto, os efeitos do consumo de café irão depender da qualidade e quantidade dos compostos químicos ingeridos, estando o consumo moderado normalmente descrito como a ingestão de 3 a 5 doses diárias de café (aproximadamente 150-300 mg de cafeína/dia).
Chegar a conclusões efetivas sobre a capacidade de o café proteger o coração parece ser o principal desafio dos pesquisadores atualmente. A nutricionista Rosana Perim, para o Jornal Folha de São Paulo, que estudou as diferentes formas de preparo do café, concluiu que o café filtrado ou coado não altera os níveis de colesterol no sangue, mas, em processos de preparo sem filtragem, há um discreto aumento. Ainda segundo ela, o consumo moderado de café diminui a oxidação do LDL (colesterol "ruim"), que causa inflamação nas artérias, desencadeando a doença coronariana. Esse efeito está ligado aos compostos antioxidantes do café. Além disso, a pesquisa da nutricionista Rosana Perim observou um efeito colateral do consumo regular da bebida: os 60 participantes do estudo apresentaram uma pequena redução do peso, da circunferência abdominal e do índice de massa corporal. Porém não é recomendado o consumo da bebida a fim de emagrecer. Esse efeito ocorreu devido à ação estimulante da cafeína que aumenta o consumo de energia e, conseqüentemente, o gasto calórico.
A possibilidade do consumo de café provocar dependência tem sido um assunto amplamente
debatido. De um modo geral, a maioria dos consumidores de café não parece desenvolver dependência da cafeína. No entanto, alguns estudos descrevem que essa situação pode ser verificada em pequenos subgrupos da população como, por exemplo, no caso de indivíduos com história de abuso de substâncias químicas ou desordens psiquiátricas. De qualquer forma, o risco de dependência da cafeína é relativamente bai­xo, quando comparado com outras drogas.
Quanto à relação entre o consumo de café e ao surgimento de problemas no estômago isso irá depender da sensibilidade de cada indivíduo. Há pessoas que ingerem uma grande quantidade da bebida ao longo do dia e não sentem nada. Em compensação outras pessoas, mesmo com uma baixa ingestão podem apresentar irritação estomacal.
De acordo com Jaime Natan Eisg, chefe do grupo de estômago da disciplina de gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, para o Jornal Folha de São Paulo, o café não pode ser apontado como causador de males como gastrite e úlcera, mas pode desencadear sintomas como dores no estômago, azia e queimação e, portanto, o consumo deve ser evitado diante desses diagnósticos.

A tabela abaixo, mostra os principais tipos de café, modo de preparo, caracteristicas e efeitos do consumo!
FILTRADO OU COADO
Como é feito:
a água é levada ao fogo e, assim que entra ebulição, a chama é apagada -se ficar fervendo, a água perde oxigênio, importante para a extração dos aromas do café; a água quente é despejada aos poucos sobre o café no filtro de papel. Quando é usado o coador de pano, o pó de café é misturado à água aquecida à 97o e depois despejado no bule através do coador
Moagem do grão: média
Características: é a forma de preparo mais utilizada no mundo todo -80% da bebida consumida é feita em filtro ou coador; utilizar grão de qualidade e mais granulado (não moído, muito fino) garante um café saboroso, que não deixa residual amargo após ser bebido
Efeitos: o filtro e o coador não deixam que o cafestol e o kawehol -substâncias relacionadas a um pequeno aumento do colesterol- passem para a bebida; tem tanta cafeína quanto os outros tipos de café (considerados mais "fortes") mas, por perder elementos voláteis (que dão aroma e sabor) no preparo, é preciso ser consumido em maior quantidade para causar saciedade.
EXPRESSO
Como é feito:
em máquina especial, a bebida é extraída por alta pressão de água; a combinação de quantidade, compactação correta de pó, temperatura e volume de água adequados e o tempo certo de extração (entre 20 e 30 segundos) determinam o bom preparo
Moagem do grão: média a fina
Características: é uma bebida cremosa, bastante aromática e de sabor marcante
Efeitos: como preserva mais óleos aromáticos, é capaz de produzir as sensações de saciedade e prazer em menores quantidades; apesar de ser mais concentrado e do sabor acentuado, não apresenta maior teor de cafeína do que os outros tipos de café -alguns especialistas afirmam que, por ficar menos tempo em contato com a água, a quantidade no expreso é um pouco menor. O processo deixa que parte dos óleos que aumentam o colesterol (cafestol e kawehol) passe para a bebida.
MOCHA
Como é feito:
também é extraído por pressão, mas de forma caseira; em uma cafeteira especial (cafeteira italiana), a água é colocada na parte de baixo, e o pó, no filtro interno; a dica é não compactar demais o pó; a cafeteira vai ao fogo baixo até que, por pressão, a água suba para a parte superior do recipiente
Moagem do grão: média a fina
Características: a bebida pode até ficar encorpada, mas nunca será cremosa como o expresso; a extração por pressão e o menor tempo de contato do pó com a água conservam melhor o aroma e sabor do grão
Efeitos: similares ao do expresso, em menor grau; o método pode arrastar um pouco do micropó para a bebida, fazendo com que substâncias como cafestol e kawehol sejam consumidas -isso causa um certo aumento do nível de colesterol.
Árabe ou Turco
Como é feito:
o pó e água são misturados em proporções quase idênticas em uma panela chamada "ibrik"; a mistura é levada ao fogo e passa por três fervuras; a bebida é servida junto com a borra de café.
Moagem do grão: muito fina
Características: a consistência deve-se à permanência do pó no líquido, após o preparo; o sabor é mais amargo do que nos outros tipos de café
Efeitos: é o processo que deixa maior quantidade de cafestol e kawehol na bebida, o que acaba interferindo no nível de colesterol; o aumento de colesterol observado em consumidores desse tipo de café é de quase 10 mg por dl de sangue. Não se sabe ainda qual é o efeito com o consumo contínuo e a longo prazo.
Fontes: Rosana Perim Costa, gerente de nutrição do HCor (Hospital do Coração) da Associação Sanatório Sírio, de São Paulo; Eliana Relvas, engenheira de alimentos e coordenadora do Centro de Preparação do Café do Sindicato do Café; Isabela Raposeiras, especialista e consultora em cafés, criadora e diretora da Academia de Barismo (escola para formar especialistas em café).

 Assim, a frequência de ingestão, os hábitos alimentares, o es­tilo de vida e a predisposição genética individual para o desenvolvimento de determinadas doenças poderão de igual modo influenciar os efeitos do café na saúde do consumidor. Portanto, consuma com moderação e sempre aliado à uma vida saudável!!
Fonte: Rita C. Alves; Susana Casal e Beatriz Oliveira.  Benefícios do Café na saúde: mito ou realidade?.Quim. Nova, Vol. 32, No. 8, 2169-2180, 2009; Café: www.rgnutri.com.br; Café Sem Culpa: Folha Equilíbrio (Jornal Folha de São Paulo, 27 de Abril de 2006).

terça-feira, 26 de abril de 2011

Café da Manhã: Por que essa é a refeição mais importante do dia?

        
    Durante o tempo que passamos dormindo nosso corpo enfrenta um longo período em jejum, apenas gastando a energia que está armazenada e o que ficou disponível na circulação, como conseqüência das últimas refeições realizadas no período de vigília. Esse fator tem como resultado uma diminuição das reservas de “combustíveis” essências para o funcionamento do organismo. Sabendo disso, o cérebro envia sinais para todo o corpo economizar energia durante esse período, tendo como conseqüência uma diminuição no metabolismo. Com isso o café da manhã se torna uma das principais refeições do dia, servindo com uma forma de repor as energias perdidas durante o período de sono, fornecer energia para começar o dia e normalizar o nosso metabolismo, sendo o ideal para a obtenção desses benefícios realizar o café da manhã até 2 horas depois de acordado.
Uma pesquisa da Universidade de Minnesota (EUA), realizada com 2.200 adolescentes e publicada no periódico "Pediatrics", mostrou que aqueles que consumiam café da manhã costumavam manter uma dieta saudável ao longo do dia e eram mais ativos fisicamente do que os que pulavam a refeição. Cinco anos após o início do estudo, os que tomavam café da manhã diariamente ganharam menos peso e tinham IMC (índice de massa corpórea) menor do que os que não tomavam. Assim, outro aspecto importante a ser observado é que quando se pula essa refeição, as escolhas alimentares na próxima refeição acabam sendo por alimentos mais calóricos e gordurosos.
Outro estudo, da Escola Médica Havard e do Hospital da Mulher de Brigham, nos EUA, avaliou 21.300 homens por 19 anos e concluiu que o consumo de cereais matinais integrais estaria associado a um menor risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Na verdade, o café da manhã é uma boa oportunidade de consumir cereais integrais, já que, em muitos casos, não estão disponíveis nas outras refeições, feitas geralmente fora de casa. As fibras aumentam a sensação de saciedade e agem diretamente no controle do colesterol e da glicemia em pessoas diabéticas. Não faz diferença no metabolismo o horário em que a fibra é ingerida, mas, no café da manhã, comem-se alimentos ricos em fibras solúveis e são elas que têm o efeito no controle do colesterol e dos picos de hiperglicemia em quem tem diabetes.
            Além do que já foi citado, o hábito de tomar o café da manhã todos os dias, também está relacionado com:  a obesidade infantil, aumento no risco de doenças crônicas e dislipidemias, e com o desempenho cognitivo (especialmente para as crianças, a realização do café da manhã está associada com a melhoria da aprendizagem na escola e nas práticas de diversas atividades, como o esporte).
É importante que no seu café da manhã não falte: leite e derivados que são fontes de proteínas, responsáveis pela formação e manutenção dos tecidos, e ainda fornecem o cálcio, que é um mineral importante na formação e manutenção do tecido ósseo e na contração muscular; cereais integrais, pães e biscoitos que são ótimas fontes de carboidratos, nutrientes responsáveis pelo fornecimento de energia ao nosso corpo; e
frutas e suco de frutas que fornecem vitaminas e minerais, responsáveis pela regulação de diversas funções no organismo.
Assim, diante da grande importância que o café da manhã tem para que possamos ter uma vida mais saudável, pense muito bem antes de pular essa refeição!!!

FONTE: Café da Manhã - Uma Escolha Saudável (www.rgnutri.com.br); Pesquisas comprovam importância do café da manhã (Folha Equilíbrio- Jornal Folha de São Paulo 15 de Abril de 2008).

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O BOM E VELHO CHOCOLATE...

Já que a Páscoa está chegando, nada mais justo do que falar dessa maravilha que é o chocolate! Portanto, o post de hoje traz algumas informações que você precisa saber antes de se deliciar!!!

Altamente calórico, o chocolate é o vilão das dietas, mas pode ser consumido com moderação por pessoas saudáveis. Nutritivo, contém vitaminas e sais minerais, além de alto teor de flavonóides (antioxidantes que podem ajudar a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares) e de substâncias precursoras da serotonina - um neurotransmissor que ajuda a combater a depressão e a ansiedade, além de estimular os centros de prazer e de bem-estar.
Alguns estudos, não conclusivos, dizem que os antioxidantes (flavonóides) presentes no chocolate amargo combatem os radicais livres, retardando, assim, o envelhecimento. Além disso, os antioxidantes possuem ação anti-inflamatória, inibem a coagulação, aumentam o HDL (colesterol bom) e ajudam a diminuir os níveis de LDL (o mau colesterol) no sangue. O chocolat contém ainda vitaminas A, B, C, D e E e sais minerais, como o ferro e o fósforo.
Os benefícios dependem da quantidade de flavonóides presente no chocolate, o que varia de acordo com o tipo de produto. Quantidades significativas da substância só são encontradas nos chocolates tipo amargo, com mais de 70% de cacau. Para fazer bem à saúde do coração, o chocolate deve ser no mínimo 70% amargo.
Os flavonóides estão mais presentes no chocolate amargo porque este tem maior concentração de cacau. Em contrapartida o chocolate ao leite apresenta quantidades muito pequenas e o chocolate branco não apresenta antioxidantes, pois não contém massa de cacau. De qualquer modo, independente do tipo de chocolate, por ser altamente calórico deve ser consumido com moderação inclusive por pessoas saudáveis.
O chocolate ao leite e o branco são os menos recomendados, devido às gorduras saturadas presentes no leite. A Organização Mundial de Saúde não recomenda o consumo de nenhum tipo de doce. Para quem não resiste, o importante é não ultrapassar o limite diário de até 50 gramas, em função dos altos teores de açúcar e gordura.
                Além disso, é preciso que os consumidores tenham atenção ao comprar chocolates diet, estes são exclusivamente para pessoas com diabetes. Como não tem açúcar na composição, o teor de gordura do "diet" precisa ser maior, para garantir a mesma consistência. Em alguns casos, ele chega a ser mais calórico que o chocolate comum, por isso é indicado apenas para diabéticos, não para pessoas com restrição calórica. Já os "light" têm menos gordura e, por isso, menos calorias.
O chocolate possui ainda, duas substâncias estimulantes: a teobromina e a cafeína, em uma proporção de 10 para 1 respectivamente. A teobromina, diferente da cafeína que é conhecida como estimulante do sistema nervoso central, estimula principalmente o sistema muscular. O chocolate contém pouca cafeína. Há menos de 10 miligramas de cafeína em uma barra de chocolate ao leite (uma xícara de café, por exemplo, contém entre 65 e 150 miligramas de cafeína).
Recomenda-se que o chocolate seja consumido após um almoço à base de muitas fibras, que vão desacelerar a absorção de glicose. Caso seja ingerido em jejum, a glicose do organismo estará baixa, e a pessoa terá o chamado rebote glicêmico, ou seja, a glicose irá subir rapidamente, o organismo vai produzir muita insulina, a glicose chegará depressa demais à célula e ficará de novo baixa no organismo, conseqüentemente você não sentira satisfeito e vai querer muito mais!!!

JCURIOSIDADES

Ovos de chocolate na Páscoa
O costume começou há cerca de 3.000 anos com os chineses, que comemoravam o início da primavera no Hemisfério Norte, oferecendo ovos de pata e galinha pintados em cores fortes. O ritual pagão celebrava a volta à vida, após um inverno rigoroso e os longos meses em que a natureza permanecia coberta de neve. A data coincide com a Páscoa cristã, que marca a ressurreição de Cristo. Com o tempo, o costume se espalhou pelo mundo, e outros materiais substituíram o ovo animal, como a madeira e as pedras. Em meados de 1828, o desenvolvimento da indústria de chocolates na Inglaterra consolidou o produto como matéria-prima nesta época. No Oriente, no entanto, os ovos de chocolate ainda não foram totalmente incorporados à cultura.

Os ingredientes do chocolate
Chocolate Amargo: massa de cacau (resultado da trituração das favas), manteiga de cacau, açúcar e lecitina de soja (estabilizante usado para tornar a mistura homogênea)
Chocolate Ao leite: adiciona-se leite em pó à massa de cacau, à manteiga de cacau, ao açúcar e à lecitina de soja
Chocolate Branco: manteiga de cacau, açúcar, lecitina de soja e leite em pó

Valores nutricionais em 100g de chocolate
Energia (Kcal)
Prot(g)
CHO(g)
Lip(g)
Chocolate ao leite
540
8,0
58,67
30,67
Chocolate Amaro (amargo)
537
4,3
63,0
29,75
Chocolate meio amargo
550
3,5
62,4
31,9
Chocolate branco (Laka)
550
9,67
55,0
32,33
Chocolate branco (Galak)
562
10,6
50,8
35,1
Fonte: Tabela de composição de alimentos: suporte para decisão nutricional.

Mitos Sobre o Chocolate
Chocolate “diet” é mais saudável?: NÃO. Você deve prestar atenção nas embalagens dos chocolates, pois os chocolates na versão "diet" costumam apresentar mais gordura do que os chocolates convencionais tornando-se, portanto mais calóricos.
Chocolate causa acne? NÃO: De acordo com a literatura, são os hormônios, e não os alimentos, que causam a acne. São esses hormônios causadores de uma superprodução de óleo na pele, resultando na obstrução dos poros. Os pesquisadores concordam que a dieta alimentar, incluindo chocolates, não causa acne.
Chocolate pode dar dor de cabeça? NÃO. Pesquisas recentes mostram que a dor de cabeça e a ingestão de chocolate como fatores isolados não estão relacionadas. Os especialistas concordam que a maior parte das vezes é o estresse, os padrões de sono, a fome e as mudanças hormonais que causam a dor de cabeça. No entanto, em pessoas sensíveis, o chocolate pode desencadear enxaqueca devido à presença de feniletilamina.

Por fim, é importante lembrar que os flavonóides estão presentes em outros alimentos, como a uva e a jabuticaba, por exemplo. Portanto, nada de comer mais chocolates (amargos) com a desculpa de que estará ingerindo mais antioxidantes. Você pode consumir, é claro afinal é uma delícia, só que com moderação e sempre associado à uma alimentação saudável!


Fonte: Chocolate: www.rgnutri.com.br;Na Páscoa, especialistas enumeram os benefícios do chocolate”: http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2010/04/04/na-pascoa-especialistas-enumeram-os-beneficios-do-chocolate-916243883.asp; Especialista esclarece dúvidas sobre o consumo de chocolate”: http://www.abril.com.br/noticias/ciencia-saude/especialista-esclarece-duvidas-consumo-chocolate-432515.shtml

quarta-feira, 13 de abril de 2011

LICHIA: VOCÊ JÁ OUVIU FALAR?

A lichia é uma fruta ainda desconhecida por boa parte dos brasileiros. Sua safra começa entre outubro e novembro e dura até o fim do primeiro mês do ano.  Um pouco menor do que uma ameixa, a lichia possui uma casca grossa e avermelhada, que deve ser retirada na hora de comer, como a banana. Docinha, ela agrada ao paladar até mesmo das crianças, mas também é uma boa pedida para quem quer se ver livre de quilos extras, já que a polpa da fruta possui pouca gordura, poucas calorias e muita água. Além disso, a lichia tem uma ótima quantidade de vitamina C: cada 100 g de lichia tem 50 mg da vitamina, o que ajuda a prevenir gripes e resfriados, além de possuir ação antioxidante, combatendo câncer e problemas de coração. A vitamina C ainda ajuda a controlar a taxa de colesterol no sangue e faz bem para a pele.
A fruta é relativamente nova no Brasil entrando com força no país há cerca de quatro ou cinco anos, em regiões como o interior de São Paulo e de Minas Gerais. Isso contribuiu para que o preço da lichia baixasse. Antes, ela era encontrada apenas como produto importado.
A melhor maneira de consumir a lichia é lavar bem sua casca antes de abri-la, para evitar que impurezas contaminem sua polpa. Ela é composta principalmente de vitamina C, mas possui ainda vitaminas do complexo B, cálcio, sódio e potássio. Em termos de minerais, o potássio é o micronutriente predominante no fruto.
O pericarpo (casca) da lichia pesa em média 15% do peso da fruta e contêm quantidades significantes de compostos fenólicos, antocianinas que são os principais polifenóis.  As antocianinas desempenham uma função farmacológica importante contra varias doenças, como doenças cardiovasculares, câncer, inflamações e alergias. Alguns estudos indicam que o pericarpo da lichia é um potente “varredor” de radicais livres e possui uma forte atividade antioxidante, o que sugere seu uso como uma fonte natural de antioxidante.
                A tabela abaixo mostra a composição nutricional da lichia:
Porção de 100g (aproximadamente 10 unidades sem casca)
Valor energético
66 kcal
Carboidratos
16,53
Proteínas
0,83g
Gorduras
0,44
Fibras
1,3g
Cálcio
5mg
Fósforo
31mg
Ferro
0,31mg
Potássio
171mg
Vitamina C
71,5mg
Tiamina
0,01mg
Riboflavina
0,065mg
Niacina
0,6mg
                                        Fonte: USDA, DRI 2005
Fonte: Propriedades Nutricionais da Lichia. Disponível em: http// www.rgnutri.com.br/ Folha Equilíbrio (Jornal Folha de São Paulo): 21 de Janeiro de 2009: “Saiba mais sobre as propriedades nutricionais da lichia”